sexta-feira, 19 de junho de 2015


Autores em contexto;


http://books.boxnet.com.br/books/visualizacao_clipping_new.aspx?ID_CLIPPING=42317534&ID_BOOK=481921&ORDEM=2&QTDE_CLIPPINGS=2&NM_ARQUIVO=0&ID_DISPARO=&ID_USUARIO=&ID_MESA=6048&ID_TEMPLATE

terça-feira, 16 de junho de 2015



O III Seminário de Produção Cultural: Panorama e Perspectivas da Produção Cultural no Ceará acontece quinta e sexta-feira, 18 e 19/6, no Centro Dragão do Mar, marcando a conclusão das atividades da primeira turma formada pelo Laboratório de Produção – Curso Técnico em Produção de Eventos Culturais, iniciativa pioneira de contribuição à formação profissional para este setor no Ceará. Reunindo grandes nomes locais e nacionais, o seminário debaterá a qualificação, a regulamentação e a organização da profissão de produtor cultural em nosso Estado. As inscrições são gratuitas e já estão abertas.

Ao longo de 18 meses de atividades do Laboratório de Produção – Curso Técnico em Produção de Eventos Culturais, primeiro curso no Ceará de formação técnica em produção de eventos culturais,  40 produtores tiveram a oportunidade de se qualificar com a íntegra das disciplinas do curso, com uma carga de 1.050 horas-aula, enquanto cursos livres, debates, oficinas e acesso aos módulos individuais garantiram que mais de 1.700 pessoas fossem beneficiadas pelas diversas atividades formativas.

Apresentado pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult), em parceria com o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), com o apoio cultural da Companhia energética do Ceará (Coelce), realização da Quitanda das Artes e da Associação dos Produtores de Arte do Ceará (Proarte), incluiu disciplinas de formação geral e específicas em diversas áreas da produção cultural, como teatro, artes plásticas, música e literatura, e contou com oficinas, seminários e cursos livres realizados em horários diversos e destinados ao público em geral, com acesso gratuito.

Como mais um diferencial, a qualidade dos professores, com um corpo docente formado por doutores, mestres e especialistas do Ceará e de outros estados do Brasil. Os alunos tiveram a oportunidade de ter aulas com diversos pesquisadores e profissionais da cultura, como Lia Calabre, Marta Porto, Maria Helena Cunha, Cláudia Leitão, Sérgio Sobreira, Alexandre Barbalho, Humberto Cunha, Dilmar Miranda, Roberto Galvão, entre outros.


Agora, para marcar a conclusão das atividades da primeira turma, o Laboratório de Produção promove, nos dias 18 e 19/6, sempre a partir das 18h, no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o III Seminário de Produção Cultural: Panorama e Perspectivas da Produção Cultural no Ceará. O seminário apresentará um panorama sobre o campo da produção cultural local e nacional, debatendo questões centrais da atividade do produtor cultural, como regulamentação e organização da profissão no Estado do Ceará. Produtores e gestores culturais, além de outros profissionais e interessados na área, podem participar do evento, que tem entre seus objetivos o de contribuir para maior profissionalização do produtor e da produção cultural em nosso Estado.

As inscrições para o seminário são gratuitas e já estão abertas. Basta enviar um e-mail paraseminarioproducaocultural@gmail.com ou acessar o link disponível no Facebook e no site do evento e do Laboratório de Produção, informando nome, profissão, telefone, e-mail e motivo do interesse em participar do evento. A organização do seminário recomenda que todos os interessados façam sua inscrição, aguardando confirmação via e-mail. Caso a demanda seja muito superior à capacidade do espaço, um telão será montado ao lado do auditório, para possibilitar a participação de todos.

GRANDES NOMES REUNIDOS EM FORTALEZA

A programação do III Seminário de Produção Cultural: Panorama e Perspectivas da Produção Cultural no Ceará tem início na quinta-feira, 18/6, às 18h, no Auditório do Centro Dragão do Mar, com o credenciamento dos participantes. Das 19h às 21h30 acontece o debate “Panorama da Produção Cultural no Brasil", com Renata Allucci (SP, apresentando a pesquisa "Panorama Setorial da Cultura Brasileira", realização do Ministério da Cultura e da Vale, por meio da Lei Rouanet), Rachel Gadelha (CE, apresentando a pesquisa “O campo da produção cultural no Ceará: Conformações, configurações e paradoxos”) e o pesquisador e gestor cultural Alexandre Barbalho (CE) como mediador.

Na sexta-feira, 19/6, também com credenciamento iniciado às 18h, acontece das 19h às 20h a mesa de debate sobre o tema “A profissionalização do Produtor Cultural”, com Kátia de Marco (RJ, presidente da Associação Brasileira de Gestão Cultural – ABGC) e Mário Pragmácio (RJ, advogado e doutorando em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC-RJ). Na mediação, Paulo Victor Feitosa (CE), produtor cultural, ex-secretário adjunto da Cultura do Estado do Ceará e idealizador do Laboratório de Produção - Curso Técnico em Produção de Eventos Culturais.

Às 20h acontece a solenidade de conclusão da primeira turma do Laboratório de Produção - Curso Técnico em Produção de Eventos Culturais.

NOVO PATAMAR PARA A PRODUÇÃO CULTURAL

Além de garantir profissionais para esse setor, elevar a produção cultural no Ceará a um novo patamar e qualificar produtores culturais conscientes quanto à nova realidade de práticas cidadãs e sustentáveis estão entre os objetivos do curso realizado ao longo dos últimos 18 meses e do seminário que acontece nesta semana. É o que destaca Rachel Gadelha, produtora cultural e coordenadora do Laboratório de Produção.

“O Laboratório visa contribuir com a criação e o fortalecimento de redes colaborativas de produtores, artistas e gestores que possam atuar no desenvolvimento de iniciativas culturais de formação, reflexão e produção cultural, com base em princípios socializantes e democráticos que promovam a cooperação e a solidariedade”, aponta Rachel Gadelha, citando a necessidade de minimizar o impacto da exclusão social e cultural.

“Formando novos profissionais e contribuindo para maior profissionalização desse setor, em curto e médio prazos, o Laboratório buscou criar espaços para fortalecer a economia cultural a partir do entendimento da complexidade que envolve o atual estágio de desenvolvimento da cultura, tendo como horizonte a sustentabilidade econômica, social e ambiental”, complementa Rachel Gadelha, frisando que a cultura, mais do que um setor onde se produzem bens, é o horizonte das relações simbólicas que se exercem pelos diversos indivíduos e grupos sociais em constante relação.

ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

Os profissionais formados poderão colaborar com centros culturais, fundações, institutos, escolas e universidades, empresas, organizações não governamentais, prefeituras, secretarias de cultura, indústria audiovisual, marcado editorial, televisão, rádio, em departamentos de marketing de empresas, setores do patrimônio histórico, entre outros ramos e setores do mercado. O projeto deverá, ainda, consolidar a capacidade de compreensão e interpretação das dimensões culturais, sociais, econômicas e políticas envolvidas nas etapas de concepção, desenvolvimento e aplicação de conceitos, na realização de projetos culturais.

Com essa formação específica e aprofundada, o projeto vem contribuir significativamente para o desenvolvimento da produção cultural no Ceará e colaborar para a democratização do acesso à Cultura na região, uma vez que se ampliam a quantidade e a qualificação de profissionais atuantes na área.

PRODUÇÃO CULTURAL: MERCADO EM EXPANSÃO

A arte e a cultura como produção de conhecimento e principalmente como entretenimento têm acompanhado, de maneira crescente, nos últimos 20 anos, a expansão da indústria cultural nacional e internacional, incluindo mudanças nos padrões de consumo e de lazer da sociedade. Esse movimento gera uma grande dinâmica para vários setores do mercado, ligados à produção cultural.

Pesquisas revelam uma crescente participação das esferas culturais no PIB nacional, quadro que reflete a expansão atual e o potencial de geração de emprego e renda do setor, que tem superado segmentos tradicionais da economia brasileira. Apesar da dificuldade de mensuração, diante da amplitude e da diversidade do campo cultural, de acordo com o Ministério da Cultura estima-se que as atividades culturais, em 2020, representarão 4,5% do PIB brasileiro, gerando riquezas estimadas em R$ 164 bilhões.

                                        AÇÕES E SEMINÁRIOS ANTERIORES

O Laboratório de Produção – Curso Técnico em Produção de Eventos Culturais promoveu, ao longo de 18 meses, espaços de pesquisa e sistematização de conhecimentos, além de interação de profissionais, favorecendo ações compartilhadas e fortalecimento de redes.

Em 2014, o Curso Laboratório de Produção promoveu dois seminários: o primeiro com o tema “Pesquisas em Cultura” (apresentando o resultado de pesquisas acadêmicas voltadas para gestão cultural, debatendo e avaliando algumas dessas ações) e o segundo com o tema “Desafios da Formação” (em que foi apresentado um panorama sobre a formação em produção cultural local e nacional). O projeto terá continuidade em breve, com uma nova turma e novas ações.

 SERVIÇO:

III Seminário de Produção Cultural: Panorama e perspectivas da produção cultural no Ceará
18 e 19 de junho de 2015, sempre das 18h às 21h30, no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Inscrições gratuitas, abertas pelo e-mail seminarioproducaocultural@gmail.com .
Mais informações: www.facebook.com/laboratoriodeproducao / seminarioproducaocultural@gmail.com




domingo, 14 de junho de 2015

ADVENTO


SOBRE OS AUTORES:

ALVES DE AQUINO - nasceu em 1974, em Mucambo, Ceará. Publicou, em 2008, o Memorial Bárbara de Alencar & outros poemas, antologia do Segundo Movimento do Concerto N. 1nico em Mim Maior para Palavra e Orquestra, cujo Primeiro Movimento foi publicado em 2010.

DÉRCIO BRAÚNA nasceu em Limoeiro do Norte, Ceará, em 1979. Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará. Publicou os livros de poesia O pensador do jardim dos ossosA selvagem língua do coração das coisasMetal sem húmus, além de livros de contos e teóricos abordando as relações entre história e literatura africana.

SAMARONE LIMA é jornalista e escritor. Nasceu no Crato, Ceará, e vive no Recife desde 1987. Foi finalista do prêmio Jabuti com o livro-reportagem Viagem ao crepúsculo, em 2010, e com A praça azul & Tempo de vidro, de poesia, em 2013. Em 2014 conquistou o 1º lugar no Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2015 e o segundo lugar no 2º Prêmio Brasília de Literatura, na categoria Poesia, com o livro O aquário desenterrado, publicação da editora Confraria do Vento. 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O CRONISTA. CRÔNICA DE PEDRO SALGUEIRO PARA O JORNAL O POVO


Pedro Salgueiro

(Foto: Tatiana Fortes)

"Mas o cronista maior é mesmo aquele falsamente displicente, estudadamente arrogante, despudoradamente cínico; mas que não seja nem mesmo alegre, de modo algum triste, muito menos poeta "

O cronista é aquele gato vagamundo que perambula pelos quintais (reais ou imaginários), afastando telhas, dando susto em lagartixas; tudo pelo simples prazer de vagar por aí sem pai nem mãe; um bichano daqueles bem reles, que sequer têm dono; come quando lhe sobram algumas migalhas – e até quando faz amor incomoda. Raramente tem prestígio, vez e voz (claro, há os felídeos de apartamento, de pelo lustroso, porém não resistem ao simples contato com a terra suja dos monturos). 

É lido junto com pão de todos os dias, rapidinho antes que o café esfrie na xícara; tem quase obrigação de não assustar o recém acordado, mas nem sempre consegue: conheço senhora que se engasgou ao ler certos despautérios de colega mal educado; ouvi falar de cismado patrão que demitiu mais de um funcionário depois de conferir uma crônica sem pé nem cabeça de um camarada sem sensibilidade – dessas croniquinhas que querem somente chocar o quase ainda dormindo madrugador.

Há os que aprendem a pôr a farinha na forma com maestria, lépidos, rápidos e fagueiros, escrevem suas crônicas até caminhando, comendo, dormindo... São de palavras fáceis, corretas, escorreitas, leves e livres; nem carecem alegar nada para agradar o incauto leitor; são quase máquinas, legítimos mágicos, se acham máximos. Existem, ainda bem, os pesquisadores natos, que engrossavam braços no manejo de dicionários e enciclopédias; hoje usufruem da leveza rápida do Google pai. Pululam por aí os inveterados umbiguistas, que fazem de suas nem sempre exóticas entranhas o farto prato de todas as mesas; conquistam amigos do peito, igualmente desafetos aos borbotões. Encontra-se também os que entortam bigornas na procura do tema certeiro, e batem que batem martelos que nem ferreiro à beira do fole na busca do estilo correto; verdade que acertam aqui e acolá uma foice que preste, um machado de mestre; mas na maioria das vezes apenas estragam ferro... esquentam a braguilha, tostam o bigode e as sobrancelhas.

Mas o cronista maior é mesmo aquele falsamente displicente, estudadamente arrogante, despudoradamente cínico; mas que não seja nem mesmo alegre, de modo algum triste, muito menos poeta. Diz tudo o que o fiel leitor (esse canalha exigente) quer ouvir e nunca teve lá muito tempo, tudo o que o ledor sempre quis dizer e jamais criou coragem de pronunciar; tudo o que ele (esse, convenhamos, famigerado leitor) sequer imaginou.

O cronista bom mesmo é aquele que nem mesmo possui o nome de cronista impresso na cabeceira da página, que é apenas mero colaborador, colunista, convidado, sujeitado... Um quase escritor fantasma! Que escreve pelo simples prazer (e vaidade, não é mesmo?) de ver seu nome estampado, que não ganha nadicas de nada e ainda compra o jornal!

30.05.2015