quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013



SOBRE A AUTORA
 FERNANDA COUTINHO é Doutora em Teoria da Literatura pela UFPE e Pós-Doutora em Literatura Comparada, junto à UFMG e à Université de la Sorbonne – Paris. Professora de Teoria da Literatura e Literatura Comparada na UFC. Responsável pelo projeto intitulado Infância e interculturalidade, cujo objetivo é refletir sobre a construção e desconstrução da noção de infância num movimento histórico-sócio-ideológico.
Publicou Família e sentimento: paisagens da infância em Vidas Secas; organizou o seminário “Vidas, para sempre secas” e a exposição “Caras murchas das vidas secas”, no CCBNB. Organizou ainda os livros: A vida ao rés do chão: artes de Bispo do Rosário, em colaboração com Marília Carvalho e Renata Moreira; Raquel de Queiroz: uma escrita no tempo; Clarices: uma homenagem (90 anos de lançamento de Laços de família, em parceria com a Profª Vera Moraes.

SOBRE O LIVRO
“Num livro claro, denso e preciso, Fernanda Coutinho sabe como ninguém abrir o envelope das palavras, dando-lhes vida. Mais do que um ensaio sobre literatura comparada, esse livro é uma meditação. Merece estar nas mãos de todos os que se preocupam com a infância, real ou imaginária, no Brasil.”
Mary Del Priore 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013



Gosto de livros antigos, mesmo tendo edições recentes. Li vários títulos de Jorge Amado. Tenda dos milagres foi um dos apreciados. Este exemplar é de 1969.  Editora Martins. 75 mil exemplares. Na estante virtual ele é comprado por 8,00/9,00 reais + frete. Encontrei em um sebo de Fortaleza por 3,00 reais. Aliás, localizei também Moacyr Sclyar, Ledo Ivo, o nosso amigo Poeta de Quinta Bernivaldo Carneiro e etc. Nas prateleiras da promoção.

Silas Falcão


                                                            COISA
                                                                                                         
                                                                                      Autor desconhecido
  
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia.
 Coisas do português.
Gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha. [Incentivando crianças ao uso de baseado???!!!]
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica "O Coisa" em 1943."
A Coisa" é título de romance de Stephen King.
Simone de Beauvoir escreveu "A Força das Coisas", e Michel Foucault, "As Palavras e as Coisas."
Em Minas Gerais , todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro.

"Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Em 1997, a NASA lançou a "Missão Mars Pathfinder", enviando um robô para explorar Marte. O mecanismo foi programado para ser acionado a partir do som de uma música e a escolhida foi um samba de Jorge Aragão/Almir Guineto/Luis Carlos da Vila. Assim, o robô da Nasa, foi "acordado" com a música: "Ô coisinha tão bonitinha do pai...". Lembram?
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! "A Coisa" virou nome de filme de Hollywood, que tinha o "seu Coisa" no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: "Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar", e A Banda, de Chico Buarque: "Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor". Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
 Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade afinal, "são tantas coisinhas miúdas".
 "Todas as Coisas e Eu" é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música "Qualquer Coisa", de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal.
O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa.
Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema "Eu, Etiqueta", Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa.
Silas Falcão

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Tela a óleo, de Gilson Pontes.


APENAS UM ABSTRACIONISMO

Por Gilson Pontes

            Quisera eu escrever sobre tudo que me cerca e me atingem os sentidos. Entanto, de qualquer modo urge fazer o que deve ser feito e isto que estou tentando começar agora, mas levado por um grande impulso que me deixa inerte diante de uma tela em branco, que de repente me vem imagens de coisas em movimento.

            Digo que a tela pintada é uma poesia congelada. Às vezes me detenho em pintar e passar para as telas o que não posso escrever, mas mostrar o mundo sensível, esse de mil facetas e a realidade às vezes muda. Num domingo já quase noite resolvi não escrever poesias, mas ir além de um trabalho díptico, em que poeticamente através das nuances das cores surgiu dois abstratos que afirmo categoricamente ser uma bela poesia, que só um bom observador e sensível às artes é capaz de descrever algo o que está vendo na mistura das cores. Ora um cubismo, um expressionismo ou até mesmo não dizer nada. As cores têm uma semelhança  aos trabalhos do grande artista plástico maranhense que foi reconhecido pelo o universo intelectual cearense. Ora, em seus quadros em pinceladas e cores forte. Esse era Floriano Teixeira.

Então diante das telas brancas aos poucos poeticamente vou dando as minhas pinceladas, que inexplicavelmente as imagens de súbito me passam ligeiramente um texto, uma sensação ao mesmo tempo magnífica e inquietante feito o primeiro coito às pressas num pé de muro numa pequena rua.  Digo que pintar, quando se estar gostando é como ter em seus braços o corpo da primeira fêmea, quer dizer, um abismo de luz, medo e descoberta.
Antes que a poesia viesse à tona, veio a pintura vestida de poesia. Quando dei por terminado as telas em branco, havia nos meus olhos um quê de felicidade; onde a transparência das cores na medida em que eu as olhava davam formas sem formas, disformes que aos poucos fui tecendo e vi a luz que emanava nas entrelinhas, o vento soprando o inominável. Nesse trabalho as cores que se complementa, se contrastam em nuances. Com toda minha liberdade de expressar algo não para agradar a ninguém, mas a mim mesmo. É como viajar no tempo. Aqui viajo nas cores, na luz, na reminiscência daquele momento onde me transponho à outra realidade. Vejo as cores que saltam que flui e muda de cor no céu multicolorido, onde o céu e o rio se refletem e o vento vai e volta trazendo a brisa e assim me vejo no meio desse campo florido de trigais. Mas que bom esse domingo, felizmente, pôde dar um pouco de prazer ao ego e sem perder o fio da meada, como bem o mereço. Penso ser um caro chato por achar que as coisas não são, como se pode pensar de uma forma maniqueísta, assim ou assado. Vejo nuances, semitons, claros, pretos e brancos e o escuro entre as coisas, que ademais não conseguimos perceber. Nada é totalmente exato e precisamos quebrar a simetria, o arrumadinho. Abstratamente essas duas telas são pedaços de páginas folheada, congelados do tempo de uma memória fotográfica que inevitavelmente me deixam morrendo de saudade de mim mesmo. Vejo velas vagando em alto mar, umas que vão outras que vêm. Ora parecem peixes que saltam, ora flores. Tudo recomeça num ciclo, o vento, a onda, o mar, as flores, os trigais, as formas, a luz e por fim nada, nada, apenas um abstracionismo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


                            SOBRE O FREDMUNDOPOÉTICO

Por Silas Falcão

Amigo e poeta de minha extensa afeição, o nobre Nóbrega afirma, neste livro, ser o poeta a antena da raça. Frederico Régis, amigo extrovertido – os ecos dos seus sorrisos de volumosos decibéis não se diluem de nossas memórias – retornando aos leitores com este Enquanto somos, ratifica essa capacidade que os seres humanos especiais têm de captar minuciosamente o entremundo das coisas e traduzi-las engenhosamente por códigos poéticos.
O Peixe transparente é exemplo de antena poética do Fred. “O peixe transparente/é parente/do caco de vidro/mas é vivo (...) /o peixe transparente/inofensivo/passa despercebido/entre pedras/ (...) /o peixe transparente/só é visto/se vai á festa/e fica colorido”.
Neste livro o autor publica novos sentimentos, memórias e emoções. No capítulo O Ninho, fui abraçado pela alma da poesia Mãe, onde o poeta declara seu amor materno: “Enquanto tu ainda dormias/quem teria a ideia/de preparar-te/a escova de dentes/sobre a pia?”. Em A ponte, reli com muito apego Fortaleza, poesia em que o autor imprime heranças da cidade de Fortaleza que lhe fabricava “o olhar e o espanto/e um jeito sutil de dizer/Absurdos/Enquanto constrói nova civilização”. As memórias – a herança – entre estas as dos seus pais em seus ritmos ininterruptos movimentando o cotidiano, é que instiga o poeta declarar: “Isso é tudo que tenho”.
Frederico desafia a mesmice, principalmente na criatividade dos palíndromos. O poeta Manoel de Barros nos encanta quando canta: “Perdoai/Mas eu preciso ser Outros/Eu penso renovar o homem usando borboletas”.  E O coisa, Fred se reafirma como ser humano, usando borboletas: “Não é porque não posso mudar o mundo/Que vou ficar contra tudo/E entregar a cesta de frutos//Sempre que vou ao espelho/Trago algo por reformar/Sou o zelador de mim”.
Os nove capítulos do Enquanto Somos são disponibilidades afetivas de caminhos novos, inesperados e originais. O espaço da orelha do livro é grão, mas destaco também as poesias Arquivo, Irmã, Manifesto, Pai, Autismo, Dispersão, Pinacoteca, nas quais são anunciados variados temas, às vezes ariscos, e em ritmos diversos. O autor, em sua modelagem poética, nos sensibiliza com seus versos cor de estrelas.
Este é o Fredmundopoético, fiando a vida, enquanto somos.
Agradeço ao poeta Frederico Régis pelo seu Enquanto somos, que irmana, numa só família, o meu Por quem somos? e O quanto sou, do Carlos Nóbrega.

                                   ESTÁ LANÇANDA A PALAVRA    

Por Carlos Vazconcelos

Frederico Régis detém a engenharia dos espíritos inquietos. Sua poética é feita de minutas porque jamais será o poeta oficial; sua matéria é o caos. Seu improviso é certeiro. Sua poesia é uma brincadeira tão séria quanto soltar arraias no quintal da infância. Brincar de buscar o infinito sem perder o fio da meada. Essa poesia dormita com um punhal numa mão e um lírio na lapela. São muitos os seus refrãos. Ele labora (não disse elabora) seus versos sem fôrmas, sem moldes, múltiplos, polifônicos porque o tempo e o espaço são mesmo muito imprecisos. Não será nunca um burocrata da palavra. Quando se faz reticente é para ser mais claro, ou clarividente, pois acredita que o silêncio é sinfonia ou ambiente propício para todas as melodias. Felizmente sua lógica é caótica. Sua imprecisão é preciosa para nos conduzir pelos meandros da cidade indecifrável. Não espere mapa. É um viajante, um “passageiro de cúmulos”, um tripulante à deriva feito todo poeta que preza a dor e o delírio.
Minutas do Caos é poesia desde o título. Frede é rico, contabiliza recursos poéticos. Frederico rege uma orquestra. Frederico Régis tem largo tirocínio no campo das letras, cultivando sempre a despretensão de ser poeta, ou de poeta ser sem pretender, pré-ocupado com as dores do mundo, as insignificâncias da alma, os melindres do cotidiano. Trago a insuportável poesia/que não ampara. Extravasa, reverbera, reivindica, protesta e sabe calar quando quer dizer. Compreende que o poeta não pode ir além da poesia. Não interroga o mundo porque desconfia que não obterá resposta. Prefere o caos. Escreve minutaspoéticas para não cruzar os braços diante da esfinge. Está lançada a palavra, a queixa, a confissão, o medo, o prazer, a indignação. O poeta presta contas consigo mesmo e finaliza dizendo: Meu corpo ficará sentado/sozinho no coliseu/o primeiro que chegar/pode tomá-lo como seu. Eis o destino dos livros. Felizes os que os encontram.   

           À GUISA DE CARTA OU A FOTOSSÍNTESE POÉTICA

                                                                 Fortaleza, Carnaval de 2013 

Carlos Nóbrega, nobre Xará, 
Seu novo livro, Lápis branco, já me conquistou lugar na estante. Lá não estará sozinho, mas em família. Tem por companhia toda a irmandade: A sono solto, Outros poemas, Breviário, Árvore de manivelas, O quanto sou e 8verbetes. Nessa prateleira só mora gente de ótima estirpe: Carlos Drummond (o outro xará), Manuel Bandeira e Manoel de Barros, João Cabral, Mário Quintana e Augusto dos Anjos. Não precisa se encabular, que ali também residem dois conterrâneos: Francisco Carvalho (com seus títulos e “tons e dons geniais”) e O Poeta de Meia-Tigela (com seu concerto desconcertante de tão bom). Nesse momento, assim se resume minha prateleira principal de poetas do Brasil.
Com Lápis branco você reafirma esse lirismo carregadinho de reflexões próprio de sua estética e do seu estar no mundo. Como Manoel de Barros, você sabe arqueologicamente escovar as palavras para descobrir que ecos ainda guardam. Feito isso, reveste-as de brilho novo e, mesmo sem se esforçar para expô-las na vitrine, elas reluzem e aliciam o leitor, apenas aqueles que “sofrem” de fotossíntese. Explico: Aprendi erradamente na escola que a fotossíntese é um fenômeno exclusivamente vegetal. Mas hoje compreendo: minha professora de Ciências não tinha o hábito de ler poesia. Eu a perdoo. É feito padre: ensina a casar, mas não casa nunca. Sofrer de fotossíntese é ter a lua por companheira de viagem; é entrar naquela casinha sem número (a avozinha da rua) que distribui humanidade, e tomar um café com pão; é ajeitar a alma dentro da blusa e sair à cata de versos no bulício da cidade grande; é entender o estranho e delicioso esperanto das mulheres; é saber esperar na fila da padaria e da vida e nesse intervalo ser distraído pela poesia; é achar fatigante a ideia de desaparecer (inevitavelmente) um dia para sempre; é ser encontrado morto dentro dos olhos vivos da amada; é andar sozinho em procissão contando os passos entre um poste e outro (feito aquele personagem de Orígenes Lessa), é não ligar se pousem moscas ou olhares sobre a felicidade de fiar poemas. Enfim, é escrever com lápis branco sobre papel branco para que só captem a mensagem aqueles indivíduos “clorofilados”, os que sofrem de fotossíntese poética.
Afinal, não foi Mário Quintana que disse que “cada poema é uma garrafa de náufrago... quem a encontrar, salva-se a si mesmo?” Sei que você não acredita que a poesia possa salvar alguém, mas que ajuda a não doer, ah, disso nós temos certeza.

Abraço do Carlos Vazconcelos.



                                        O astro reencarnado

Paulo Avelino
http://amhitar.blogspot.com.br/
O Planeta Dolphir [dizem] aproximou-se cinco vezes da Terra. [O fato de todas as aparições se darem em território amhitariano e de tal corpo celeste ser desconhecido em outras astronomias certamente conspira contra sua credibilidade.] A data de hoje [na verdade 7 do mês Shalwal] marca não a primeira mas a quarta [compreensível, se lembrarmos que aconteceu em 1801, a primeira na era das lunetas].
Uma tradição tão antiga quanto discutível [os astrônomos do Observatório Nacional de Tashkent sorriem quando alguma senhora idosa a menciona] afirma que a primeira se deu sobre o deserto de Aqtöbe [que há muito não é parte de Amhitar apesar de algumas reivindicações nacionalistas]. Mais que aparição foi um toque: uma enorme bola redonda teria tocado a planície [faceciosamente isso é conhecido como Teoria do Beijo Interplanetário] e retornado ao teto celestial. Esta manifestação [em data incerta] foi seguida de outras em 799 e 1522, e fechado pela de 1856, já com testemunhas críveis mas que infelizmente não tinham meios de fotografá-lo apesar de os daguerreotipos já existirem. O que é incerto [assim como o que é certo] gera lendas. A menos crível [e mais difundida] coloca Dolphir como um planeta-prisão, de gatunos do espaço sideral, eternamente a zanzar [sem lógica nenhuma] pelo Nada. Isso explicaria a irregularidade de suas aparições. Uma Escola mais materialista pretende que seja um cometa. Aguardam uma sexta vinda para confirmar tal hipótese.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

                                    RAPIDINHAS (Curtas e Grossas)

Pedro Salgueiro para O Povo


                                                                              (Ao modo Neno Cavalcante)

O deputado (e palhaço) Tiririca anuncia que vai deixar a política para voltar aos palcos. Afirma que na Câmara a concorrência à sua profissão original é muito grande.
***
Governador Cid suspendeu verbas para o carnaval em quase cem cidades cearenses, usando como justa-justificativa a grande seca que assola o estado. Não achava isso quando contratou, por mais de meio milhão, Ivete Sangalo para uma simples inauguração em Sobral poucas semanas antes?
***
Incrível (e surpreendente) a agilidade governamental para entregar a obra do Estádio Castelão. Recomenda-se o mesmo “empenho” e “competência” em outras áreas: Infraestrutura. Educação. Saúde. Cultura etc. etc.
***
Que méritos têm os políticos de “carreira” para ocuparem cargos nos tribunais de contas, vitalícios e sem concursos? Será apenas porque seus pés (e mãos) palmilharam “aquele chão” tão bem e sabem de cor os “meandros” e atalhos da corrupção?
***
Por que depois da Constituição de 1988, que proibiu a entrada de servidores públicos “pela janela” (instituindo a obrigatoriedade de concursos), aumentaram o valor e a quantidade dos famigerados “cargos comissionados” em todos os três poderes?
***
Ainda: e por que será que as nossas “esquerdas”, que historicamente abominaram tais sujas e nefastas práticas, se adaptaram (e se apegaram) tão bem a elas quando chegaram ao poder?
***
De pau pra cassetete: e por que certo bloco de carnaval aqui na querida Gentilândia “acontece” numa rua apertada e cheia de residências, mesmo tendo duas grandes praças públicas bem situadas a um quarteirão de distância?
***
Dia desses perguntei a um simpático funcionário do nosso querido Estádio Presidente Vargas, bem ali na Gentilândia (capital do Benfica), por que estavam deixando a ferrugem tomar conta já de algumas grades e portões e o capim crescer entre as lajotas do piso. Ele sabiamente me respostou com outra pergunta: “E aí, meu amigo, como é que os ‘home’ vão ganhar o dele?”. Na reforma, claro! Que sujeito burro sou eu.
***
E por que, nestes tristes tempos de seca, os “apagões” de água só acontecem em bairros pobres?
***
De certo tempo pra cá só voto em político que tenha “outra” profissão. E se o “dito cujo” for bem sucedido (não quero dizer apenas que freqüente as inócuas colunas sociais, mas que seja realmente competente) na mesma. Detesto os “políticos profissionais”.
***
Quem é que não se lembra daquele ex-colega de faculdade que nunca estava em sala de aula. Que, aliás, tinha mesmo era uma raiva danada da mesma, a ponto de só “dar as caras” para pregar avisos e convocar as “massas” para as manifestações. Formaram-se apenas nos CAs e DCEs da vida e “pegaram” enorme gosto pelos cargos públicos e/ou eletivos...
***
Toda vez que passo perto de determinada “associação” de ex-políticos que existe ali na velha Aldeota, por precaução, seguro firme a carteira no bolso e mudo imediatamente de calçada. E os cínicos criadores de tal aberração ainda tiveram o “espírito-de-porco” (cruz-credo!) de colocar em sua fachada uma enorme imagem de São Francisco (Logo tu, Chiquim, e não Judas!?).
***
A mesma precavida ação tomo eu ao passar pelas calçadas dos muitos “templos religiosos” que assustadoramente se multiplicam (parecem brotar do além em cada esquina de nossa sonsinha loira descamisada pelo sol) mais que “capim-de-burro”.
***
Numa terra medíocre, onde empresários (não seria bodegueiros?) de educação são chamados de “educadores” em tristes colunas sociais, nasceu Lauro de Oliveira Lima, um dos maiores educadores deste país. Por sua prática em vida, e não apenas pela sua recente morte, deveria ser nome de rua, tema de seminários e instituído luto oficial de 10 dias, no mínimo.
***
Nunca esqueci uma frase dele, em que dizia estranhar que recém-formados se preocupassem tanto em logo comprar um pomposo “anel de formatura”. Decerto, dizia o competente limoeirense, seria somente para não se esquecerem que eram “realmente” formados.
***
Numa terrinha em que milionários colégios particulares só se preocupam em ganhar dinheiro e em participar de famigeradas guerrinhas de propagandas fantasiosas, e onde a educação pública tristemente definha a cada dia, ter um Lauro de Oliveira Lima é (pois seus métodos e seus exemplos continuam vivos) um luxo.
***
O que leva um ridículo sujeito (sujeito?) a instalar um potente sistema de som em seu automóvel (ou até na calçada de casa) e perturbar meio mundo de pessoas ao redor? Fosse o inesquecível Analista de Bagé consultado, de pronto respostaria com um de seus costumeiros (e preconceituoso, claro) joelhaços: “É apenas a vontade premente e intransferível de queimar o velho ‘anel-de-couro’!”.
***
Aliás, a unidade que mede a potência do som nem deveria se chamar de “decibéis”, mas, sim, de “decimbecis”.
***
E o que dizer dos que correm, em seus carros, desesperadamente (como se voltassem pra casa com uma enorme “caganeira”) em locais desapropriados? Dos mal-educados do trânsito, em geral? Diria apenas pra eles: Torço sempre pelo poste!.
***
Respeito os que gostam, e até veneram, motos. Mas seu mau uso se tornou, com tantas mortes e aleijamentos, um caso de saúde pública. Pra mim, motos são tristes caixões-de-defuntos com rodas.
***
E pra fechar a conta e passar a régua (como dizia nosso saudoso Chico “Raimundo” Anísio): Vocês ficaram surpresos com o pior desempenho de Fortaleza em níveis de leituras entre as capitais do Brasil? Pois eu não! Há mais de vinte anos frequento livrarias (principalmente “sebos”) e venho notando, faz tempo, a preocupante diminuição de leitores. Aliás, difícil está até mesmo encontrar livrarias, quanto mais leitores.
***
E digo mais: se se retirassem os didáticos (e paradidáticos) da contagem geral de livros lidos no Brasil (que é um dos países de piores índices de leitura do mundo, perdendo para nações insignificantes), nosso Brasilzim de mãe treta e pai ladrão não apareceria sequer nas estatísticas.
                        O POVO: 85 anos presente no Ceará III
Crônica de Raymundo Netto especial para O POVO


Em pé, da esquerda para direita: Filgueiras Lima,  Mário de Andrade  (do Norte), não-identificado e Martins D'Alvarez;Sentados, da esquerda para direita: Paulo Sarasate, Suzana de Alencar Guimarães, Raul Bopp (autor de Cobra Norato, em visita a Fortaleza no final da década de 1920), Demócrito Rocha e  Silveira Filho. (Foto: Arquivo Nirez)
“Saudade que ainda espera,/ É lembrança./
Saudade só é saudade,/Quando não resta esperança.” (Demócrito Rocha)
Já vimos que o jovem Demócrito Rocha saíra de seu berço natal, a pequena aldeia de Caravelas da Bahia, e dirigiu-se a Aracaju, em 1907, onde, por meio da tia, ingressaria em melhores escolas, dentre elas, o Ateneu Sergipano, onde lecionava o latinista Brício Cardoso. Por intermédio de Jackson de Figueiredo, um admirador do cearense Farias Brito, foi apresentado à Filosofia e a Literatura (1). Também foi em Aracaju que conheceu o Esperanto, paixão a carregar pela vida inteira — integrou o Esperanto Klubo-Cearense, primeiro clube esperantista do Ceará, escrevia para o jornal Nova Mondo (1923) e, na fase final de sua vida, lia a Bíblia no idioma artificial de Zamenhof (2). A partir dos benefícios proporcionados pela fluência da “língua universal”, tomou gosto pela Filatelia — no futuro, introduziria uma coluna sobre selos em O POVO —, e comunicava-se com diversos países, atualizando-se dos fatos antes de muitos de seu tempo.
Já casado, suas filhas estudavam no Colégio da Imaculada Conceição, onde, por um período, foram alunas de Rachel de Queiroz, paciente do dr. Demócrito, o dentista, além de amiga e companheira de movimento literário e futura — eterna — colaboradora do seu jornal. Aconselhado por Lourenço Filho, na época redimensionando o ensino público estadual, colocou-as na Escola Normal, a contragosto da esposa, Creusa.
Em casa, gostava de ouvir música brasileira e clássica, por meio de seu gramofone, lia de tudo, não descuidando de tomar as tarefas das filhas Albanisa e Lúcia. Ao contrário do jornalista rigoroso e combativo, em casa e com os amigos, Demócrito era brincalhão, alegre e irreverente (3). Num baile de carnaval do Clube Diários, por exemplo, não tendo uma fantasia, enrolou-se numa bandeira nacional e foi à folia. Em sua casa, nunca almoçava sozinho. Ao chegar mais tarde, convidava até os vizinhos para o acompanharem. Da mesma forma, era frequente proseador nos quiosques, restaurantes, bancos de praça e cafés da cidade (dentre eles o Java, onde se conjeturou a criação da Padaria Espiritual, e os do Passeio Público).
Em 1924, na sua revista Ceará Ilustrado, criou o concurso de eleição do “Príncipe dos Poetas Cearenses”, cujo eleito foi o Padre Antônio Tomás. Em 1963, 22 anos após a morte do padre, e 20 da de Demócrito, nova eleição realizada, a vitória foi de Cruz Filho. Em 1974, Jáder de Carvalho, e, com o falecimento deste, em 1985, foi eleito o atual príncipe, o pacatubano Artur Eduardo Benevides.
Em 1928, Demócrito lançou O POVO! Afirmou Rachel de Queiroz, mais tarde: “Acho que nunca, em Fortaleza, um jornal novo tivera êxito assim fulminante. E O POVO era Demócrito, Demócrito que o fazia todo, com a ajuda entusiástica e solitária de Paulo Sarasate.”(4). De fato, O POVO, ao contrário dos dias atuais, surgia em meio a diversos jornais concorrentes, mas rapidamente firmou-se, sendo hoje, dentre eles, o único existente. A sua sede situava-se num sobradinho na praça dos Leões, o de número 158. A tiragem, a 200 réis o exemplar, rapidamente se esgotava. O motivo, todos sabiam, a coluna de Demócrito, “Nota”, continuação do sucesso de sua também “Nota do Dia”, que escrevia anteriormente em O Ceará, jornal de Ibiapina. Mais tarde, assinando como “Barão de Almofala”, pseudônimo usado na época de O Ceará, abriu a coluna de Grafologia de O POVO, que fez grande sucesso entre leitores.
E mais: Demócrito, conhecedor de todos os escritores cearenses da época, tentou uni-los como pôde, democraticamente, tanto os “modernistas e passadistas”, mesmo os que residiam fora do estado, como Edigar de Alencar, fazendo de sua folha não apenas o espaço da notícia, da denúncia, mas da beleza, da vida e arte. Ele, inclusive, poeta e admirado por tantos, escrevia, mas sob o pseudônimo de “Antônio Garrido”. E esse Demócrito criava enquetes com entrevistas de escritores, abria colunas literárias, relacionava-se com o modernismo de São Paulo e Rio de Janeiro — “para nós, então, as duas metades inacessíveis do Paraíso”, conforme Rachel de Queiroz — e promovia a literatura do Ceará. Manifestava: “O modernismo que eu entendo é esse que nós fazemos: modernismo nacional, saturado de tudo quanto é nosso, original, sugestivo, impressionante... Querem saber? Se eu continuasse a dizer o que penso do modernismo não acabaria mais”. Tudo isso fez com que Filgueiras Lima decretasse: “Demócrito tornou-se, em pouco, a coluna mestra do modernismo no Ceará”. E é verdade.
Não bastasse a inquietação que trazia em seu jornal, Demócrito criou o Maracajá, “suplemento literário de O POVO” que, embora tenha saído apenas em dois números, teve “[...] atuação decisiva e, porventura, espetaculosa, sensacional...”, como lembra Filgueiras. Tão atuante era a presença cearense nos primeiros anos do modernismo, que alguns dos textos publicados em Maracajá foram reproduzidos na famosa Revista de Antropofagia, dentre os quais “A Matança dos Inocentes”, de Demócrito Rocha. Importante destacar que os editores paulistas suprimiram o final de seu texto em que criticava o modernismo de “lá”: “Eles metem excessiva erudição no que fazem. E bancam sisudez. Nós [escritores de ‘cá’] somos alegres por índole. Em São Paulo, os rapazes para fazer a sua antropofagia precisam dar o laço à gravata.” Assim, além de outros, o Diário da Tarde, de Curitiba, em 2 de julho de 1929, dizia que Antônio Garrido [Demócrito], Paulo Sarasate e Mário de Andrade [do Norte] “são os construtores libérrimos do Ceará intelectual de hoje”.
O reconhecimento ao jornalista e poeta Demócrito Rocha, além de ao seu jornal, vinha de todos os lados. Henriqueta Galeno, filha do poeta Juvenal, a primeira e maior feminista cearense [uma das primeiras defensoras do divórcio no Brasil], criadora da Casa de Juvenal Galeno — durante décadas a Casa foi o maior e mais legítimo centro cultural cearense, hoje ainda resistindo em beleza e em ideal, mas desconhecida e/ou negligenciada por parte da ignorância cultural dos filhos da terra ou pela soberba da erudição palaciana —, em sua viagem ao Rio de Janeiro, em 1931, apresentava, em diversas conferências, O POVO, “um dos mais valiosos jornais da minha terra” [que contribuía para o ideal feminista já naqueles tempos (5)], e, dentre outros intelectuais, “Demócrito Rocha, legítima e brilhante expressão jornalística, orador vibrante e fecundo”.
E foi ali, na Casa de Juvenal Galeno, em 5 de setembro de 1930, que Demócrito deixou no álbum de visitas de Henriqueta manuscrito inédito do poema “Rio Mar”, assinando, como de costume, “Antônio Garrido”:

Veio das catadupas* do dilúvio universal
Veio dos planetas que se fundiram
ao calor das forjas de todos os Sóis...
Veio do orvalho caído de todas as folhas
nas grandiosas matas sul-americanas...

Foi a cordilheira dos Andes que se desmanchou
em água e entrou desvairada pelo Oceano...

Rio! — umbigo do mar que nasce
do ventre fecundo da Terra Brasileira,
bebendo-lhe o sangue virgem
na formidável placenta da Amazônia...**

                       (*) imensas quedas dágua
                     (**) Atualizamos a ortografia.
 Em 7 de janeiro de 1929, escreve Demócrito: “Apareceu por aqui [na redação de O POVO], com vontade de ajudar-me, um estudante de Direito, de pouco mais de 20 anos de idade. Paulo Sarasate é o seu nome (6). O jovem já tem experiência em revista, já andou preso, com Perboyre e Silva e Plácido Castelo. Vou dar-lhe o cargo de redator-secretário.” (7)
O POVO se fortalece. Quer saber como? Daqui a 15 dias tem mais.
 Notas:
 (1) Jackson de Figueiredo saiu de Aracaju para estudar Direito na Bahia. Anos mais tarde, num acidente, morreria afogado.
 (2) Em 11 de dezembro de 1955 foi fundado o Esperanto Klubo Demócrito Rocha, em sua homenagem.
 (3) Traços de União, da (sempre) jovem Adísia Sá, explora o lado familiar de Demócrito Rocha.
 (4) Muitas das informações sobre o modernismo no Ceará e a ação de Demócrito Rocha, aqui indicadas, podem ser encontradas em O Modernismo na Poesia Cearense: primeiros tempos, de Sânzio de Azevedo, pelas Edições Demócrito Rocha, 2012, que traz, anexas, as duas edições fac-similares de Maracajá.
 (5) Creusa do Carmo Rocha, esposa de Demócrito, foi a primeira mulher a votar no Ceará.
 (6) Paulo era filho do maestro Henrique Jorge, músico, um dos membros da Padaria Espiritual.
 (7) Memória de um Jornal, de José Raymundo Costa.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CONCURSO DE MINICONTOS

REGULAMENTO

QUAL É O OBJETIVO DESSE CONCURSO?
O gênero de nano-micro-mini contos está crescendo a cada dia mais, diante dos novos meios tecnológicos de postagens instantâneas, como o Facebook e o SMS, por exemplo, e da necessidade da praticidade nos dias de hoje. Não obstante essa praticidade, criar um miniconto é um exercício árduo, que exige criatividade e sintetismo. Logo, o objetivo desse certame é estimular a criação de minicontos na língua portuguesa, reforçando ainda mais esse momento literário dos dias atuais, descobrir e publicar novos talentos da área.
           
QUEM PODE PARTICIPAR?
Todos, desde que elaborem textos em língua portuguesa (sendo permitidos termos em outros idiomas).

COMO POSSO PARTICIPAR?
Primeiramente, cada participante deverá se tornar um seguidor (a) do blog Autores S/A: Concursos Literários. A inscrição é gratuita. Ela deve ser feita através de um formulário de inscrição, o qual será encontrado no menu inicial do blog ou na própria postagem do regulamento. Cada participante poderá enviar apenas 01 (um) miniconto.

QUAIS SÃO AS REGRAS PARA A ESCRITA DO MINICONTO?
           
 - O miniconto deverá conter, obrigatoriamente, um título;
 - O miniconto deverá conter, no máximo, 150 palavras (não serão considerados os espaços). Excedendo esse limite, o autor será automaticamente desclassificado.
            - O miniconto poderá abordar qualquer temática, ou seja, não haverá qualquer restrição.
     
- O miniconto não precisa ser necessariamente inédito nesta primeira etapa.
 -Em caso de suspeita de plágio, o autor será automaticamente desclassificado e ainda correrá risco de ser penalizado de acordo com a Constituição Nacional.

DEVO CRIAR UM PSEUDÔNIMO?
Sim. Do começo ao fim do concurso, cada participante será identificado apenas pelo seu pseudônimo. No entanto, atenção: não crie um pseudônimo que guarde alguma semelhança com o seu nome verdadeiro. Caso o seu pseudônimo comprometa a sua real identidade, haverá risco de eliminação automática.

QUAL SERÁ O PRAZO PARA AS INSCRIÇÕES?
O prazo de inscrição vai do dia 15 de fevereiro de 2013 até as 23h59min do dia 20 de março de 2013. Fique ligado!

COMO FUNCIONARÁ O PROCESSO DE SELEÇÃO?
Quatro jurados renomados no cenário crítico-literário brasileiro, cujos nomes serão revelados a partir da fase final do certame, farão a leitura e o julgamento de todos os minicontos inscritos. Feito isso, cada um deles irá escolher 5 autores inscritos, os quais serão classificados para a próxima fase. A segunda fase será devidamente explicada aos 20 classificados.

QUAL SERÁ A PREMIAÇÃO?
A premiação consistirá na publicação de uma antologia com os 60 melhores minicontos do certame pelo Selo Microlux (Editora Penalux), que é dedicado exclusivamente ao gênero. Todos os 20 classificados serão publicados e todos os 20 receberão, cada um deles, 01 (um) exemplar da antologia.

AS DEMAIS PREMIAÇÕES SERÃO:
1º lugar: um troféu; publicação de minicontos em pelo menos dois sites e revistas importantes do meio literário; um box com 1 DVD (o documentário “Tropicália”) 2 livros (“Os cem menores contos brasileiros do século”, org. por Marcelino Freire e um livro de microcontos do Selo Microlux - Ed. Penalux) e 1 CD (“Chico”, de Chico Buarque, 2011) ;
2º lugar: um troféu; publicação de minicontos em pelo menos dois sites e revistas importantes do meio literário; 2 livros (sendo um deles um livro de microcontos do Selo Microlux - Ed. Penalux);
3º lugar: um troféu; publicação de minicontos em pelo menos dois sites e revistas importantes do meio literário; 1 livro de microcontos do Selo Microlux - Ed. Penalux.
4º lugar: Publicação de minicontos em pelo menos dois sites e revistas importantes do meio literário.
O jurado que tiver escolhido, na primeira etapa, o autor vencedor do certame, também receberá uma premiação surpresa.
Vale ressaltar que haverá participações especiais de autores renomados no decorrer do certame, além dos jurados que já compõem a mesa fixa. As avaliações que serão realizadas serão muito importantes para a formação e para o crescimento de todos os autores participantes. Ou seja, muito além de uma premiação material, este concurso oferecerá ao autor uma possível base formadora, calcada em críticas construtivas.

ALGUMA DÚVIDA?
Em caso de dúvidas, por favor, sintam-se a vontade em enviá-las para o seguinte e-mail: lohanlp@yahoo.com.br
 Também serão respondidos os comentários deixados na postagem referente ao concurso.

BOA SORTE A TODOS!
                                               Lohan Lage Pignone (Organizador)
Patrocínio:
Editora Penalux

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Poetas de Quinta e convidados no sítio do Bernivaldo Carneiro
16-17/02

Sônia Nogueira, Gilson Pontes , Paulo Avelino, Carlos Vazconcelos, Brennand, Bernivaldo e Silas Falcão.
      Bernivaldo Carneiro recebendo presente do Gilson Pontes e Fátima Lemos

Aline Pontes, filha do Gilson Pontes




Anastácia Carneiro, Rose Vaz e Ana Amélia, esposa do Nòbrega



                                     




                                      Bernivaldo ouvindo o jogo do Fortaleza.
Suely Pontes
                                                         Pedro Salgueiro