segunda-feira, 27 de abril de 2015


Nota de pesar do governo estadual, por meio da Secult, sobre a passagem de Audifax Rios

 O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), manifesta profundo pesar pelo falecimento de Audifax Rios, artista de múltiplas linguagens e expressões, com um legado de inestimáveis contribuições para a cena cultural e a sociedade cearense. Pintor, desenhista, cronista, romancista, capista, publicitário, comunicador, pesquisador, Audifax atingiu a grande meta buscada por todo artista: o desenvolvimento de uma identidade própria, uma assinatura inconfundível, um sotaque próprio, nos vários meios e mensagens com que presentou o público, em uma longa trajetória de contribuições ao Ceará e ao Brasil.
Nascido em Santana do Acaraú, onde iniciou os estudos, Audifax radicou-se em Fortaleza no começo da década de 60 e trabalhou na extinta TV Ceará, em diversos jornais e agências de publicidade. Nas artes visuais, obteve reconhecimento realizando dezenas de exposições, em cidades como Fortaleza, Recife, Brasília e também em Nova Canudos, no sertão baiano. Suas obras também foram apreciadas na Europa e lhe renderam inúmeros prêmios em eventos como o Salão de Abril e o Salão dos Novos.
Autor de livros como Bar Peixe Frito, Gentes da Licânia, Porto dos Viventes de Aroeira, Iracemas e De um tudo, participou de várias antologias de poesia e prosa. Também contribuiu com a cena literária cearense como autor das capas de mais de uma centena de livros, sempre com seu traço intenso e inconfundível.
Sempre cercado por amigos e artistas de expressões tão várias quanto as que ele mesmo cultivou em paralelo às muitas transformações pelas quais Fortaleza passou nas últimas décadas, Audifax foi também um dos grandes arregimentadores do Clube do Bode, grupo de destaque por unir informalidade, humor e amor pelas artes. A força, a riqueza, a diversidade da cultura e da identidade cearenses encontraram em Audifax Rios, a um só tempo, um protagonista e um multiplicador. Os saberes e fazeres, as questões e as conquistas do Ceará profundo foram revelados pelo artista, para nosso privilégio.
Por tudo isso, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará manifesta solidariedade aos familiares, amigos, colegas de tantas frentes de atuação, leitores e apreciadores das obras de Audifax Rios, bem como a todo o povo cearense, neste momento de perda irreparável. Que a vasta obra deste grande e multifacetado artista siga instigando novas gerações e inspirando a todos nós.

Fonte: Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado/ Casa Civil

AO AUDIFAX


"Enquanto isso era tocar adiante a vida que foi ganha de destinação e seguir o traçado de Deus ou de Tupã" (O Desamparo de Curumim, OS BÚFALOS DE CAMPANÁRIO)


Audifax Rios. Bico de pena de Ronaldo Cavalcante

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AUDIFAX RIOS/ A SAGA BUBALINA DE CAMPANÁRIO


Donde provirá tanto fabulário?
Donde o povo e essa estória e esse notório
Saber das coisas, falas, latinório?
Donde o Major Zegito, o Imaginário

Henrique, Baldomero e o multifário
Desenho do lugar, seu envoltório
(Rio, Praça, Mercado, Igreja, Empório,
Cadeia e Big Bar, todo o cenário)?

Tamanho manejar do abecedário
Não pode ser engenho de finório
Muito menos desarte de falsário.

O romance do Búfalo lendário
Faz de seu criador um Meritório
Autor, Fundador-Mor de Campanário!


(O soneto acima compõe o livro Miravilha - Liriai o campo dos olhos, já no prelo. Finda por ser homenagem póstuma, mas gostaria mesmo era de ter tido tempo (bem mais tempo, Audifax) de apresentar-se vivo àquele a quem é dedicado) 


O Poeta de Meia-Tigela

quinta-feira, 23 de abril de 2015

PROJETO AUTORES EM CONTEXTO - Sesc Centro












Projeto Autores em contexto, do Sesc, recebeu em sua primeira edição de 2015 o escritor e artista plástico Audifax Rios.

I ENCONTRO SESC DE LITERATURA E ARTES DOS SERTÕES - Iguatu-CE (10 e 11 de abril de 2015)


















Um evento como o I Encontro SESC de Literatura e Artes dos Sertões é um espaço privilegiado para compreendermos, de forma radical e urgente, que o imenso e generoso acervo das artes e das literaturas do dito povo brasileiro não pertencem ao passado porque atravessaram com vivacidade surpreendente os séculos, as raças e as suas fusões, as nacionalidades e as transnacionalidades. Nos sertões, temos o homem e a mulher, os sujeitos todos feitos de alguma brasilidade a reinventar-se, universal e partícula, em sua projeção transbarroca, divididos entre a intuição e a razão, entre Deus e o diabo, o espírito e a carne, o inverno e a seca, a alegria e a angústia, o amor e o ódio, o ontem e o hoje. Este homem, visto como ser diverso e genérico, recebe dos vivos e dos mortos o “pão do espírito” e renasce todos os dias. As culturas dos sertões fertilizam-se, encontram-se, incessantemente, com outras tradições e dissoluções culturais em movimento no espaço e no tempo; e constroem-se no presente, como contemporaneidade, projetando-se para o futuro. Afinal, não nos esqueçamos, que “contemporâneo” é o que foi construído ontem, visto que, no “aqui e agora”, estamos ainda pondo no forno as novas “contemporaneidades” que, amanhã, irão também compor os acervos das “padarias espirituais”, passados e coletivos. Ao pensar sertões tão múltiplos, estamos pensando Brasis, estamos heranças, estamos pensando intercâmbios contemporâneos, estamos pensando tradições e vanguardas. 
ROSEMBERG CARIRY










COLEÇÃO PAJEÚ MAPEIA BAIRROS DE FORTALEZA






Coleção de livros conta a história de tradicionais bairros de Fortaleza
No dia 16 de abril de 2015, às 18h, aconteceu o lançamento da segunda edição da segunda edição da Coleção Pajeú.
Cada um dos sete livros foi escrito por um autor de renome no Ceará e relatam memórias e afetos dos bairros da cidade.
Os livros da segunda edição da Coleção Pajeú foram escritos por Sânzio de Azevedo (Aldeota), José Mapurunga (Bom Jardim), Carlos Vazconcelos (Parquelândia), Cláudia Leitão (Jacarecanga), Arlene Holanda (Benfica), Gylmar Chaves (Aerolândia) e Fabiana Guimarães (Livro Infantil - Parque da Liberdade). A Coleção Pajeú teve a concepção e coordenação editorial de Gylmar Chaves.
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"A proposta editorial da Coleção Pajeú é reafirmar a memória material e imaterial dos bairros de nossa cidade, permeada por uma consciência histórica e cidadã", afirma Gylmar Chaves.

"Como lugar e narrativa, Fortaleza é uma experiência muito recente, uma história ainda por contar. A Coleção Pajeú nasceu do desejo de contribuir para que isso, de fato, se dê: que as pessoas compartilhem um olhar sobre a cidade e, mais que isso, que afirmem e construam novos laços entre si e com a própria cidade", acrecenta Magela Lima, Secretário de Cultura de Fortaleza.


Lançamento da Coleção Pajeú
Quinta-feira, 16 de abril de 2015, às 18h
Salão Carnaúbas do Museu da Indústria
Rua Dr. João Moreira, 143 – Centro



Poetas, vamos prestigiar este lançamento

terça-feira, 21 de abril de 2015

Escritor Bruno Paulino conta suas referências literárias em entrevista

AO SOPA DE LIVROS, BLOG DO DIÁRIO DO NORDESTE
Publicado em 20/04/2015 - 13:19 por 


Autor dos livros de crônicas  “A Menina da Chuva” e “Lá nas Marinheiras”, o escritor  e professor de Língua Portuguesa da Rede Pública de Ensino, Bruno Paulino, é uma das referências quando se fala em Literatura no Sertão Central do Ceará. O seu livro mais recente, “A Menina da Chuva”,  lançado pela Editora Premius, é repleto de referências à infância. Com textos simples e curtos, que lembram a delicadeza da natureza, já é adotado em várias escolas particulares da região. Cearense de Quixeramobim, Bruno deve lançar em breve duas novas obras. Desta vez, de cordel e poesia. Conheça mais sobre o autor no bate-papo que ele teve com o Sopa de Livros por e-mail:

1. Nome, idade e profissão.
Bruno Paulino, 24 anos, professor de Língua Portuguesa do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino.


2. Para qual público o seu livro “A Menina da Chuva” se destina?
Bom, confesso que quando escrevo não tenho uma preocupação quanto ao direcionamento a um público leitor especifico. Mas creio que por conta da linguagem simples e das variadas temáticas que tenho possibilidade de abordar nas crônicas, tais como o respeito à natureza, a descoberta do amor, o tédio, e o valor da amizade o livro A Menina da Chuva geralmente acaba por agradar muito ao público infanto-juvenil que se identifica com esses temas. E por isso algumas escolas particulares do Sertão Central hoje já adotam o texto do livro como material paradidático.


3. Antes de escrevê-lo, você já assinado outras obras?
Sim, antes do livro A Menina da Chuva, eu escrevi e publiquei outra coletânea de crônicas memorialísticas intitulada Lá nas Marinheiras e outras crônicas, fazendo nesse titulo uma homenagem à canção marinheiras gravada pela Nara Leão e escrita pelo compositor letrista cearense Fausto Nilo, que orgulhosamente é meu conterrâneo nascido aqui em Quixeramobim. Alias nesse primeiro livro a cidade de Quixeramobim é não apenas o mote, mas também o cenário, o palco, e a atriz que da vida a obra.


4. Como buscou inspiração para fazer as crônicas? Você tinha algum ritual?

Acho que o cronista precisa andar pela cidade, divagando e devagar. O cronista precisa abrir a janela e ver a vida acontecendo, a banda passar. Meu ritual para buscar inspiração sempre foi caminhar pela cidade com ouvidos e olhos atentos colhendo as histórias das pessoas. Para escrever quase sempre preciso sofrer uma espécie de “alumbramento” como diria o poeta Manuel Bandeira. Sem essa inspiração que surge de forma inexplicável não consigo vencer “essa luta vã” diante do papel em branco. Quando escrevo estou emocionalmente envolvido com o texto. E justamento por isso é que só depois num outro momento com mais calma, que faço a revisão e corto os excessos.


5. Quem são seus maiores “modelos” de cronistas?
Indiscutivelmente o cronista Rubem Braga, e os poetas Manuel Bandeira e Mario Quintana que em suas obras trouxeram a luz um sentimento lírico muito puro, refinado e livre de pieguismos. E, é claro que as forças literárias de Milton Dias e Rachel de Queiroz se colocam como nortes indispensáveis para qualquer um que queira escrever crônicas no Ceará.

6. Qual livro mudou sua forma de ver o mundo?
Minha formação como leitor se deu acompanhando o desenrolar da saga Harry Potter. Mas acho que foi o livro Feliz Ano-Velho do escritor Marcelo Rubens Paiva que me proporcionou realmente uma descoberta do mundo. A linguagem jovem e sem rebuscamentos, o próprio drama autobiográfico narrado, e, sobretudo o retrato bem feito do espírito da juventude com seus sonhos, desejos, medos, frustrações e conquistas, na época que li inquietaram-me muito. Foi como se o livro quebrasse um gelo que havia em mim.

7. O que gosta de ler nas horas vagas?
Não é exagero dizer que leio de tudo: histórias em quadrinhos, jornais e revistas semanais. Sou leitor regular do romance nacional e da boa literatura cearense. Agora estou em um relacionamento sério com os contos do cearense Nilto Maciel. Parafraseando Manoel de Barros, outro poeta que leio bastante, costumo dizer que fui aparelhado para gostar de poesia. E no fim das contas acho que em tudo que eu leio busco o encontro com a poesia.

8. Você já está trabalhando em alguma obra nova?
Meu próximo livro deve sair ainda esse semestre, publicado no projeto edições em coautoria, idealizado pelo escritor Silas Falcão, e vai se chamar: Cordéis de Histórias. No livro escrevo dois cordéis, um sobre o poeta Quintino Cunha e seu rico anedotário, e no outro versejo sobre a vida e a obra do arquiteto e letrista Fausto Nilo. Também deve sair nesse semestre umas poesias minhas no segundo volume da antologia Mutirão que é organizada pelo Poeta de Meia-Tigela. Mas em breve como um filho pródigo volta a casa, também devo voltar novamente à crônica.

“Lá nas Marinheiras e outras crônicas” e “A Menina da Chuva” são os dois livros de autoria do escritor e professor Bruno Paulino. Para adquirí-los, é só entrar em contato com o autor, através do Facebook 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Crônicas Absurdas de Segunda é, em sua maioria, uma seleção de textos de Raymundo Netto publicados, entre 2007 e 2010, no caderno “Vida & Arte” do jornal O POVO. Neles, o autor visita e apresenta a cidade de Fortaleza, a reconhece e a provoca por meio da fala (e dos sentimentos) de seus escritores, principalmente os cronistas, contemporâneos ou não, que se depara em bancos de praça, nos ônibus, em parques, nas casas mutiladas, cemitérios ou em meio a desastres e hecatombes de proporções aparentemente absurdas.
A obra, ganhadora do Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, é edição comemorativa dos 10 anos de seu ingresso na literatura, com a publicação de Um Conto no Passado: cadeiras na calçada, e dos 8 anos que escreve em coluna fixa para o jornal O POVO.
Entre os personagens que participam das crônica absurdas de segunda: Rachel de Queiroz, José de Alencar, Quintino Cunha, Demócrito Rocha, Antônio Sales, Milton Dias, Francisco Carvalho, Ciro Colares, Eduardo Campos, Moreira Campos, Clóvis Beviláqua, Lívio Barreto, Raimundo de Menezes, Juca Fontenelle, Clarice Lispector, Gregório de Matos, Gonçalves Dias, Carlos Câmara, Lustosa da Costa, Ramos Cotoco, José Alcides Pinto, Lúcia Dummar, Airton Monte, Narcélio Limaverde, Audifax Rios, Nirez, Christiano Câmara, Douvina Câmara, Nice Firmeza, Estrigas, Marciano Lopes, Zenilo Almada, Ana Miranda, Sânzio de Azevedo, Augusto Pontes, Mário Gomes, Nilto Maciel, Pedro Salgueiro, Socorro Acioli, Horácio Dídimo, Adísia Sá, Tércia Montenegro, Oswald Barroso, Jorge Pieiro, Carlos Vazconcelos, Júlio Lira, Ary Sherlock, Grupo Comédia Cearense, Poeta de Meia-Tigela, Carlos Nóbrega, Astolfo Lima Sandy, entre outros.
Serviço
Crônicas Absurdas de Segunda
Ilustrações de Capa e Miolo: Valber Benevides
Ilustrações originais das edições em jornais: Carlus Campos e Guabiras
Apresentação e Introdução do livro (respectivamente): Ana Miranda e Sânzio de Azevedo
Posfácio: Pedro Salgueiro
Data e horário: 11 de abril (sábado), a partir das 17 horas.
Local: Espaço O POVO de Cultura & Arte (av. Aguanambi, 282 - anexo ao jornal O POVO) - estacionamento gratuito ao lado do jornal.

Preço especial de Lançamento: 
R$ 30,00
E, em seguida, às 19h, show com a cantora Teti.

EM BREVE na 
Livraria Virtual: www.livraria.fdr.com.br

Para ler a apresentação de Ana Miranda

Para ler a introdução de Sânzio de Azevedo



domingo, 5 de abril de 2015

Amigos

Sei que o carnaval passou tem um tempo
mas a marchinha a seguir é pra todos os meses 
e o Bloco é de todo lugar.
Podendo e querendo, confiram


Gratidão ao Jorge Amaral, Mané do Café.


Abraços Tigeléricos