A REPRODUÇÃO
Em ti Darlene encontrei da Gioconda
o mesmo riso zombeteiro e insinuante.
A boa aura e aura má que nela ronda
d’igual maneira se derrama em teu semblante.
A calma sanha que ia n'alma de Da Vinci
pintou-se em tua face atenta e ausente.
E por mais que te dissociar eu tente
tu me incitas com o mesmo olhar perto e distante.
Tu vais nas ruas como anda esta pintura
sobre os tempos para que o mundo se arrependa
E plagiário eu me tornei pela injúria
de tê-la visto em carne e alma e osso e lenda.
Que queres tu de mim estranha deusa?
Que eu creia ser mentira o que tu finges?
Nem queiras que eu te decifre ó bela esfinge
pois o que mais na vida quero é ser tua presa.
Carlos Nóbrega
Um comentário:
Misteriosa Gioconda -
Ver-te é ver a Monalisa
(Nem bem meu olhar te alisa
Já me engoles, Anaconda)!
Abraço tigeleonárdico!
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