sexta-feira, 25 de janeiro de 2013



                                              A SOLIDÃO

Carlos Vazconcelos

A solidão,
Afiada e intermitente,
Manipula a multidão,
Crava-lhe o dente.
Sutil espada,
Atravessa o espaço neutro,
À distância das mil
Irrompe o feltro.
E vai trotando.
Na madrugada erradia,
Encontra corpo,
Dançando na fantasia.

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