segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

 

                       
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POR QUÊ?

Manuel Soares Bulcão Neto
 
Afinal, por que existo?
Devir gratuito é viver?
Se cedo ou tarde se morre,
Então para que nascer?
 
Se o ponto de partida
É o ponto de chegada,
Me diga para que serve
Uma circular estrada?
 
Para que esta cacofonia,
Ruídos sem sentido?
Não seria o cabal silêncio
Tão ou mais significativo?
 
E todas essas estrelas,
Brilham por que razão,
Se tudo será, um dia,
Radiação tênue e fria
Num jazigo de escuridão?
 
Se a natureza inteira
Caminha para o nadir,
Por que ela então se deu
Ao trabalho de existir?
 
Por que assim é o mundo,
Redundante e complicado?
Em vez de  zero redondo,
Xis menos xis ao quadrado?
 
A vida não tem sentido.
Mas para que razão-de-ser
Se beleza, amor e vinho
São motivos pra não morrer?
 
 
 

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