Em dado encontro dos Poetas de Quinta o tema que rolava era minicontos. Ciente da fama de escriba prolixo, eu brinquei com minha inaptidão para textos curtos. E fui além. Nem um pouco adepto do, “oito ou oitenta”, como que tirando onda com o companheiro Silas Falcão (cada dia mais empenhado em produzir contos com no máximo uma palavra), saí-me com esta “pérola”: no último fim de semana escrevi dois minicontos. Um de 11 páginas; outro de dez. No que o Carlos Vazconcelos comentou: “você acaba de escrever um miniconto”.
Admitindo serem honestas as palavras do amigo, enquadrei meu bestunto com este puxão de orelhas: se o palmeado contista Vaz assim entende, quem somos nós para duvidar? E assim, mais metido que patricinha saindo de motel, dias depois — contando com o aval do escritor Pedro Salgueiro (o presente da Macondo Cabeça Chata à literatura brasileira), eu publiquei neste Blog: Mas resultado que é bom!... Um texto curto que, com muita boa vontade pode até ser denominado miniconto.
Mas antes que eu lhes apresente outra produção minha neste difícil gênero da escrita, vejam o aviso e o apelo a seguir:
· Para desespero do amigo Silas Falcão (muito embora nossos estilos sejam diametralmente opostos — ele trágico; eu cômico — o homem se pela de medo da concorrência — rsrsrsrs) pretendo divulgar amiúde, nesta rede social dos Poetas de Quinta, os minicontos que ora fervilham em minha cachola.
· Rogo, porém, que não me levem a sério nesta nova empreitada, porque nem eu mesmo me levo. Minha verdadeira literatura é mais robusta e consistente. Pelo menos é o que me dizem os amigos leitores. Só gente boa. Paideguamente generosa.
Deste modo tudo explicado e ciente de que posso contar com a compreensão de todos, vamos ao prometido miniconto:
A PROFECIA
Quando a parteira cortou-me o cordão umbilical minha mãe me abraçou dizendo: “batizar-te-ei Francisco. sei que não quererás ser padre e sim pai, mas terás um papa com o teu nome”.
Por: Francisco Bernivaldo Carneiro
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