segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

                                                

                               A matemática da natureza

Não tinha sido igual.
Casas, prédios, carros destruídos pela fúria volumosa da chuva negra que deslizava os morros.
Pelas ruas desfiguradas, pedras gigantescas, enormes troncos sucumbidos, postes quebrados, lama, animais mortos.
Evacuando de si enormes lágrimas e pânicos, os sobreviventes desnorteados se deparavam, procurando familiares vivos ou mortos.
Dos escombros misturados com restos humanos, gritos de socorro amontoavam desesperos.
Nas cidades serranas do Rio de Janeiro, vidas se rompiam a qualquer sopro.
Na soma das agressões humanas contra o meio ambiente prevalece inevitável como o sol, o vento, a lua, a matemática da natureza.  


Por Silas Falcão

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