quinta-feira, 14 de abril de 2011


                                                    
              ACEPÇÃO

O substantivo amor
Despe a flor em um dos jardins
Que levo dentro de mim
E líquido faz-se invasão
A córregos e segredos

Em rodopio revela
O mito da vida

Até então estátua
O amor – palavra contida
Amplia pétalas e gestos à luz
E à guisa de pleno sol
Seduz meu pensamento

A nuvem amor
Guarda a Estrela
Em um dos céus que fogem de mim
E alado expande-me
Horizontes e órbitas

Em cruzeiro mostra
O sentido da vida

Que crata palavra é o amor!
(Aluvião do espírito)
Surge na planície do cansaço bom
E difunde o idioma das longas conversas
Que tenho com Deus


Frederico Régis Pereira

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