terça-feira, 14 de maio de 2013







FAÇA O QUE EU FAÇO; NÃO FAÇA O QUE DIGO

Bernivaldo Carneiro

       Nunca fui bom de conselho, mas diante da rotina de Alcoolino Bráulio da Rocha, não me contive.
Mesmo não sendo época de se falar de Assédio Moral, comecei com rodeios. Não pretendia parecer um intrometido sem causa ou um chefe excessivamente durão. Discurso preparado, falei com pormenores dos malefícios da bebida. Até expus algumas estatísticas de mortes por cirrose e outros males, separações por infidelidade e uma série de problemas decorrentes da ingestão alcoólica e: “caro Alcoolino, até se admite o sujeito beber nos fins de semana, em um casamento, num aniversário, etc e tal; mas encher a cara todo dia e o dia todo...” A esta altura da falação que se encaminhava para o fechamento da peca oratória, eu ergui a cabeça e diante do semblante do amigo anunciando lágrimas iminentes, inverti o rumo de minha conclusão: “...é bom demais!!!    

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