Para Frederico Regis
Por Carlos Nóbrega
Pássaros como nós, em seus eternos blablablás com deus. . .
Ah pequeno mundo tão surpreso
o que ainda vive em meu quintal:
um calango verde desfilando,
uma bananeira muito orgulhosa de seu mangará
(meu quintal teima em guardar palavras
que desapareceram)
e algumas frutas, esponjas de luz,
a sugar a chuva e o tempo. . .
O tempo: a história desce os batentes
da porta de trás
e eu sou esse aldeão
que incrivelmente escuta
o medo do ovo no cantar das poedeiras.
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