"Homem Primitivo (Sentado à Sombra)", de Odilon Redon (1840-1916)
Poeta de Meia-Tigela
Era uma vez? Não mais era.
Que te foste e me deixaste
Comigo, sem que eu me baste.
Lançaste-me a mim, à fera
Que me sou: tigre, pantera.
Lacerei-me-laceraste.
Para erguer-me, qual guindaste?
O chão, meu corpo o encera.
Viraste a Contraquimera.
Mas esperei. Troncho, traste.
E agora que retornaste,
Sei que vivi dessa espera.
Que te foste e me deixaste
Comigo, sem que eu me baste.
Lançaste-me a mim, à fera
Que me sou: tigre, pantera.
Lacerei-me-laceraste.
Para erguer-me, qual guindaste?
O chão, meu corpo o encera.
Viraste a Contraquimera.
Mas esperei. Troncho, traste.
E agora que retornaste,
Sei que vivi dessa espera.
(Extraído do "CONCERTO Nº 1NICO EM MIM MAIOR PARA PALAVRA E ORQUESTRA", 2º Movimento, Livro 1, Intermezzo)
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