O Poeta de Meia-Tigela
É coisa que deveras não me importa
Ser chamado corcunda e comparado
A cada passo à feia Moura-Torta
E, claro, perseguido, achincalhado.
Claudico, mundo afora, porta em porta,
Comunicando a todos meu recado
Ou, antes, a mudez que lhes exorta
Escutem-me o pedido mais calado.
Enxotam-me ao notarem nada digo,
Pensam-me amalucado, retardado,
Tipo que em geral não se tem, se aborta.
Mas a esperança sempre me conforta
De um dia vê-la abrindo o cadeado
Da casa enfim achada: e, então, prossigo...
É coisa que deveras não me importa
Ser chamado corcunda e comparado
A cada passo à feia Moura-Torta
E, claro, perseguido, achincalhado.
Claudico, mundo afora, porta em porta,
Comunicando a todos meu recado
Ou, antes, a mudez que lhes exorta
Escutem-me o pedido mais calado.
Enxotam-me ao notarem nada digo,
Pensam-me amalucado, retardado,
Tipo que em geral não se tem, se aborta.
Mas a esperança sempre me conforta
De um dia vê-la abrindo o cadeado
Da casa enfim achada: e, então, prossigo...
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