Labirinto
Silas Falcão
O destino gosta de inventar desenhos e figuras
Rainer Maria Rilke
Sempre os clichês tristeza e solidão.
Olha-se dentro e vislumbra um vazio profundo e escuro.
Sob aguda nostalgia lamenta sorrisos, abraços de um passado enrugado.
Relançando amargos olhares na casa – incompreensível casa sem colméia humana – murmura a família devorada pela morte insaciável.
Consultando a idade da noite – horrível sombra – reolha o velho relógio na parede, que anunciava festas antepassadas.
Do fundo do tempo vêm as saudades da outra humanidade.
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