ASILO
Frederico Régis
A velhice espia a tarde de seu aposento
o dia já não passa
sob o olhar estagnado
do minúsculo ponteiro dos anos
não há mais visita
só a aldrava da vida
incorporada à porta
perto do balanço
de um assento sob a chuva
uma estátua de parasita
submerge no ralo
gritando a palavra caduca
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