quinta-feira, 18 de agosto de 2011


                                                
                    ASILO

Frederico Régis

A velhice espia a tarde de seu aposento

o dia já não passa
sob o olhar estagnado
do minúsculo ponteiro dos anos

não há mais visita
só a aldrava da vida
incorporada à porta

perto do balanço
de um assento sob a chuva
uma estátua de parasita
submerge no ralo
gritando a palavra caduca

    
                                  

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